Município será incluído no Vale Gás, Alimento Solidário e Cidades Inteligentes, diz Beto Carvalho

BetoCarvalho 28.06.2021 01“Tenho certeza que vão ser atendidos [os pedidos]”, disse Beto Carvalho, em pronunciamento na CâmaraO vereador Beto Carvalho (DEM) afirmou na segunda-feira (28), na sessão da Câmara, que a cidade de Monte Mor será incluída nos programas Vale Gás, Alimento Solidário e Cidades Inteligentes,  do Governo do Estado. A reivindicação foi apresentada pelo parlamentar ao deputado estadual Rogério Nogueira (DEM), durante reunião em Indaiatuba, na sexta-feira (25). Além de Beto, participaram do encontro Camilla Hellen (Republicanos) e Bruno Leite (DEM), que fizeram as solicitações de maneira conjunta. “Tenho certeza que vão ser atendidos [os pedidos]”, disse ele, no pronunciamento.

O Vale Gás consiste na concessão de três parcelas de R$100 para famílias em situação de vulnerabilidade social, no contexto da pandemia da Covid-19. O Alimento Solidário garante a entrega de cestas básicas para esse mesmo público. E o Cidades Inteligentes tem o objetivo de modernizar a gestão pública, através de ações de governança. “Ele [o deputado Rogério Nogueira] já conseguiu isso. Daqui a pouco vai estar chegando para a gente”, anunciou Beto Carvalho, sobre o Vale Gás, especificamente. Informações sobre o programa podem ser acessadas no site do Governo

PASSARELA

O vereador também comentou que, em visita ao deputado estadual Murilo Felix (PODE), em Limeira, no mês de junho, foram solicitados recursos para viabilizar a construção de passarela ligando o bairro Parque Residencial São Clemente ao Jardim Nova Alvorada. O pedido é do seu gabinete, em parceria com os vereadores Altran (MDB) e Vitor Gabriel (PSDB). 

PEDIDOS

Beto pediu que a prefeitura volte a disponibilizar o medicamento Clexane para as gestantes de alto risco. Além disso, reclamou que existem empresas que pagam a Contribuição de Iluminação Pública e que estão localizadas há mais de oito quilômetros de uma lâmpada. Ele pediu a aplicação da referida taxa de maneira correta. “Algumas empresas estão pagando caro por algo que não tem”, reclamou.  

Beto Carvalho pede que prefeitura volte a disponibilizar medicamento contra sequelas da Covid-19

BetoCarvalho discurso 14.06.2021Medicamento custa cerca de R$300, a caixa, afirmou Beto Carvalho, pedindo que a Secretaria de Saúde volte a custeá-loEm seu pronunciamento na sessão plenária da última segunda-feira (14), o vereador Beto Carvalho (DEM) pediu que a prefeitura de Monte Mor volte a disponibilizar, na rede pública de saúde, um medicamento destinado a pacientes que tiveram sequelas da Covid-19. Segundo ele, o remédio, cujo nome de referência é Xarelto, era distribuído gratuitamente pelo SUS até dezembro do ano passado, e deixou de ser oferecido. Anticoagulante que tem sido usado no tratamento de complicações decorrentes da Covid-19, como trombose, AVC ou embolia, o medicamento custa cerca de R$300, a caixa, afirmou o parlamentar, pedindo que a Secretaria de Saúde volte a custeá-lo.

FRENTE DE TRABALHO

No discurso, Beto também comentou que, em parceria com o vereador Bruno Leite (DEM), reivindicou ao deputado estadual Rogério Nogueira (DEM) a elaboração de uma Indicação, ao Governo do Estado, visando ampliar o efetivo da Frente de Trabalho, em Monte Mor. Em reunião realizada no dia 22 de maio, os vereadores apresentaram o pedido, que foi atendido pelo deputado, que elaborou a Indicação 2873/2021, na Assembleia Legislativa, com a solicitação. 

“Isso é uma conquista, uma luta do nosso deputado, a pedido nosso. Tenho certeza que vai ser de grande valia para o nosso município”, afirmou Beto, manifestando expectativa de que a ampliação das equipes seja efetivada. “Sabemos que a Frente de Trabalho não é carreira [...], mas alivia muitas famílias. Eu acho muito mais viável dar um trabalho [às pessoas em situação de vulnerabilidade] do que dar uma cesta-básica, por menos que seja esse salário. Pois deixa a pessoa ativa no município”. 

MELHORIA EM PONTE

Beto também comentou reunião que teve com Beto Fagundes, chefe de gabinete do deputado estadual Murilo Felix (PODE), visando pleitear melhorias na passarela que interliga os bairros Parque Residencial São Clemente e Jardim Nova Alvorada. Participaram do encontro os vereadores Vitor Gabriel (PSDB) e Altran (MDB), destacou ele, ressaltando que o deputado se comprometeu a colaborar com a melhoria da infraestrutura. “Ele está empenhado em fazer aquela passarela”. 

Homenagem póstuma: MOR-435 passará a se chamar Estrada Municipal Waldir Emke

BetoCarvalho 14.06.2021Beto Carvalho, autor do PL que dá nome a Estrada MOR-435: homenagem ao agricultor e pecuarista montemorense Waldir EmkePor unanimidade, a Câmara aprovou nesta segunda-feira (14), durante a sessão ordinária, o Projeto de Lei 43/2021. A propositura estabelece que a Estrada MOR-435, localizada nas proximidades do Loteamento Central Park, passará a se chamar Estrada Municipal Waldir Emke. Trata-se de uma homenagem ao agricultor e pecuarista montemorense, que morreu em fevereiro, aos 86 anos de idade. A via margeia o referido loteamento, fazendo interligação até o sítio do homenageado. 

“Um grande homem, de um caráter incomparável, íntegro, honesto, trabalhador e exemplo de superação. [...] [Ele] manteve sua tradicional leiteria até seus últimos dias, preservando sempre a excelência em seu gado, leite e nas lavouras cultivadas”, afirma Beto Carvalho, na Justificativa do PL. O texto também destaca que Waldir era “um exemplo de ambientalista, conquistando várias homenagens pela preservação e restauração do meio ambiente”.

Em discurso antes da votação, Beto lembrou que é também de sua autoria a Moção de Pesar pela morte do homenageado, aprovada pela Câmara. “Todos aqui conhecem o trabalho que ele desenvolveu na nossa cidade, de ajuda ao próximo”, disse, citando a presença e constante auxílio nos leilões beneficentes, por exemplo - como os realizados em prol do Hospital do Câncer de Barretos, citados na propositura. “Foi uma pessoa muito importante para o nosso município”, concluiu.

ELOGIOS

Outros vereadores ressaltaram a importância da homenagem. Paranhos (MDB) relatou a atuação voluntária do homenageado, e a colaboração efetiva com a Polícia Militar e com a Guarda Civil Municipal. “Emprestar o seu nome para aquela estrada é o mínimo que podemos fazer por ele”, disse. Andrea Garcia (PTB) também parabenizou a iniciativa de Beto. “Nós sabemos da solidariedade que ele [Waldir Emke] compartilhava com a população, ali envolta do sítio dele. Era uma pessoa muito solidária”, disse. “Um homem muito honroso, muito trabalhador, honesto. Que gostava sempre de fazer caridade, ajudar as pessoas”, completou Bruno Leite (DEM), salientando que o agricultor “deixou um legado muito grande”. “Pessoas assim têm que ser lembradas para sempre”, concluiu. 

Vereadores rejeitam Emenda que previa inclusão de regra contra nepotismo na Lei da Ficha Limpa

Geral 14.06.2021 04Bruno Leite (à esquerda, de terno), ao lado de vereadores: Emenda Aditiva de sua autoria destaca que prática do nepotismo “não deixa de ser uma forma de corrupção”Por sete votos contrários, seis favoráveis e uma abstenção, o Plenário da Câmara rejeitou nesta segunda-feira (14), na sessão ordinária, a Emenda Aditiva 1/2021. De autoria do vereador Bruno Leite (DEM) e também assinada pelos parlamentares Paranhos (MDB), Beto Carvalho (MDB) e Camilla Hellen (Republicanos), a propositura previa a inclusão de trecho contra o nepotismo no Projeto de Lei 43/2021, do Poder Executivo, que estabeleceu critérios para a nomeação de cargos comissionados.   

Prática que ocorre “quando um agente público usa de sua posição de poder para nomear, contratar ou favorecer um ou mais parentes”, conforme definição da Controladoria Geral da União, o nepotismo seria vedado, na norma, a partir do acréscimo de um artigo no referido PL, prevendo que “cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, de agentes políticos dos poderes da União, do Estado e do município” não poderiam ser contratados sem concurso.

Na Justificativa da Emenda, Bruno destaca que “a sociedade requer moralidade de todos os agentes públicos, principalmente daqueles que exercem função política”. “Utilizar-se da função confiada pela sociedade para empregar parentes na administração pública, sem o crivo do concurso, é uma forma de favorecimento, ferindo também o princípio da impessoalidade”, afirma o vereador, no texto da propositura, destacando que tal atitude “não deixa de ser uma forma de corrupção”.

“DISCUSSÃO ACALORADA”

Geral 14.06.2021 05Plenário da Câmara, durante a sessão: junto com Bruno Leite, Paranhos, Camilla Hellen e Beto Carvalho assinam a Emenda Aditiva que previa regras contra o nepotismo O vereador Paranhos defendeu um debate imparcial e técnico sobre a importância da Emenda; e negou que a mesma tivesse finalidade de “alcançar determinada pessoa”. “Existe decisão [judicial] que não coloca a [nomeação de] primeira-dama como nepotismo. Então, essa Emenda não alcança ela, mas sim a imoralidade”, disse, citando como ilegal, por exemplo, secretário nomear parentes. Para ele, a aprovação da Emenda garantiria igualdade, reduzindo privilégios e vícios. “O nepotismo já é previsto em Decreto Federal [...] Mas é nossa obrigação disciplinar essa questão”, salientou. “Isso é política nova, que a população almejava há anos”, comentou Bruno Leite, ressaltando que muitas pessoas o procuram reclamando que aguardam nomeação em concurso público há pelo três anos, e que, paralelamente, existiriam parentes de agentes políticos ocupando cargos comissionados. “Isso é imoral [...] Para entrar para a história [a gente] precisa fazer diferente”, disse, defendendo a aprovação da Emenda. Ele também lembrou que pareceres, tanto do Setor Jurídico quanto do Setor de Processo Legislativo da Câmara, opinaram pelo prosseguimento da propositura. “Eu não tenho nenhum cargo dentro da prefeitura [...] Então, quem não tem [cargo indicado] vota a favor, quem tem, vota contra”, disse.

Camilla Hellen (Republicanos) também salientou a importância do Projeto. “Quando a gente fala de nepotismo, é a minoria que é ouvida, sempre. Cadê o povo, num momento tão importante? A gente tem que colocar eles em primeiro lugar. Porque estamos aqui para eles”, afirmou, salientando que emitiu voto separado, a favor da Emenda, já que os demais integrantes da Comissão de Justiça e Redação da Casa (CJR) da Casa, os vereadores Wal da Farmácia (PSL) e Pavão da Academia (MDB), foram contrários à propositura. Ela também destacou que parecer do Jurídico da Câmara é claro ao dizer que não haveria “óbice [impedimento legal] para o regular prosseguimento” da Emenda. “Mediante esse Parecer eu fiz o meu relatório”, salientou. Professor Fio (PTB) destacou que é contra o nepotismo, e lembrou que seu pai [José Cruz, que exerceu mandato entre 2001 e 2004] foi vereador na Câmara e que nenhum familiar seu trabalhou na prefeitura naquele período. Questionou, entretanto, o trecho do projeto que que menciona os Poderes da União e do Estado. “Eu não sei se a gente poderia estar legislando para a União e para o Estado. A gente legisla para o município. Então, eu fico com essa dúvida, dentro da legalidade, nesse sentido”, afirmou o parlamentar - que se absteve na votação.

Já a vereadora Wal da Farmácia alegou que a situação fere competências. “Quando a gente fala de nepotismo, essa lei já existe. Não cabe a cargos comissionados, apenas para nós, agentes políticos, vereadores, prefeito [...] Fere um princípio administrativo da Constituição, bem elencado no artigo 37”, salientou a parlamentar, confirmando que ela e Pavão da Academia de fato foram contrários à Emenda - mas que, por equívoco, assinaram o Parecer inicial da CFO, motivo pelo qual emitiram relatório em apartado, confirmando sua contrariedade. A vereadora também disse ter compromisso com a lei, e citou parecer da empresa de consultoria Ibam, que afirma que a propositura seria inconstitucional. “Nós estamos debatendo uma matéria que já existe [uma] legislação federal que versa sobre ela. Mas que, realmente,é importante que haja essa previsão na lei municipal”, disse Professor Adriel (PT), citando, entretanto, a existência do parecer desfavorável da CJR, e a necessidade de “sustentar a via da legalidade”. “Seria muito triste para essa Casa sofrer uma ação direta por inconstitucionalidade [...] Se há dúvida, é preciso que haja maiores esclarecimentos. Nesse ponto de dúvida, acho fundamental levarmos em consideração o exaustivo trabalho da comissão competente”, afirmou.

Andrea Garcia (PSL) ressaltou que a Emenda “fere princípios”, e defendeu o parecer técnico do Ibam. “Nós estamos dentro de uma Casa de Leis, onde a Constituição permanece, e tem que ser respeitada [...] Meu voto para essa Emenda é desfavorável, sim. Eu não vou ferir os princípios constitucionais”, concluiu. Ao final da discussão, o presidente da Câmara, vereador Alexandre Pinheiro (PTB) explicou processo de tramitação de leis, na Casa: salientou que as proposituras são protocoladas, seguem para as Comissões, que na sequência aguardam pareceres jurídicos, que são opinativos. Ele também explicou que o Regimento Interno da Casa prevê o arquivamento de proposituras apenas em situações de unanimidade - ou seja, quando todos os integrantes da Comissão que analisa o Projeto são contrários ao mesmo. Nesse caso, como dois integrantes da CJR - Wal e Pavão - foram contrários, e a vereadora Camilla, a favor, a Emenda teve prosseguimento. Alexandre também afirmou que o parecer do Ibam afirma que a iniciativa “pode ser desnecessária”, haja vista a existência de lei federal. “Se há alguma dúvida nessa Casa de Leis sobre nepotismo na prefeitura, cabe a nós iniciarmos uma ação no Ministério Público, indicando”, concluiu o presidente, que só votaria em caso de empate, o que não ocorreu. 

Foto Lado a Lado