Citando MP e casos de preconceito, Camilla diz que prefeito violou leis: até quando seremos coniventes?

CamillaHellen 16.01.2021Camilla Hellen ainda lembrou que, na ação, o MP considera que a atitude do prefeito, no caso, foi “higienista”“Infelizmente, o que esse governo tem propagado nessa cidade é isso: o desrespeito, o preconceito”. A declaração foi emitida pela vereadora Camilla Hellen (Republicanos), na sessão da Câmara, na última terça-feira (16). Na oportunidade, a parlamentar disse que foi vítima de discursos de ódio, recentemente, nas redes sociais; e também comentou a ação civil movida pelo Ministério Público (MP) do Estado contra o prefeito de Monte Mor, Edivaldo Brischi (PTB), sobre o caso envolvendo pessoas em situação de rua que teriam sido removidas do município de maneira forçada. 

Camilla afirma que, na ação civil, o MP acusa o chefe do Poder Executivo de ter violado “as leis, a Constituição, o direito de ir e vir e de permanecer no espaço público”, além de citar norma que veda a remoção forçada dos indivíduos em situação de rua. “Até quando seremos todos coniventes com isso?”, questionou a vereadora, na mesma data em que o Plenário rejeitou o recebimento da Denúncia 2/2021, contra Brischi. “Não estamos falando do mérito. É claro, evidente, que precisava ser tomada alguma atitude [com relação ao problema]. Mas não ser escorraçado”, disse, sobre tais indivíduos.

A parlamentar ainda lembrou que, na ação, o MP considera que a atitude do prefeito, no caso, foi “higienista”. Ela também disse que foi vítima de racismo e de preconceito religioso, em postagem de internauta, nas redes sociais. “É inadmissível. O nosso Estado é laico. Temos o direito de sermos crentes [...]. Temos direito de sermos católicos apostólicos romanos, de sermos umbandista, candomblecista, ateu, o que quisermos”, relatou, citando termo pejorativo e preconceituoso direcionado a ela, na internet. “É necessário existir respeito à pessoa humana”, salientou. 

No pronunciamento, Camilla ainda disse que muitas pessoas expressam ideias e preconceitos, de maneira livre, nas redes sociais, e que precisa haver uma punição urgente para tais atos. A parlamentar também ressaltou que faz, no seu mandato parlamentar, uma defesa dos direitos de todas as pessoas, independente de classe social das mesmas. Ela salientou, ainda, que não atua “fazendo politicagem para a ou para b”. “Politicagem se faz há anos nessa cidade, há 150 anos, na alternância do poder entre as famílias tradicionais. Eu não compactuo com isso”, concluiu.

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