Câmara pede à Alesp a ampliação do diálogo sobre PL que prevê unidades regionais de saneamento

ProfessorAdriel 25.05.2021 Moção“As mudanças precisam ser dialogadas com os municípios”, afirmou Professor Adriel, sobre o PL 251/2021, do EstadoAtualmente tramitando em regime de urgência na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), o Projeto de Lei (PL) 251/2021 é alvo da Moção 20/2021, de iniciativa do vereador Professor Adriel (PT), aprovada por unanimidade na sessão plenária desta segunda-feira (24). A propositura reivindica um maior diálogo do Estado com prefeitos e vereadores sobre o Projeto, que prevê a criação de “unidades regionais de saneamento básico”, em atendimento à Lei Federal 11.445/2007.

Logo na ementa, a Moção aprovada solicita a “preliminar suspensão do regime de urgência atribuído ao Projeto”. O texto, que será remetido ao presidente da Alesp, também pede a “rejeição da referida proposta, na forma apresentada, pelas razões expostas, que instruirão a referida Moção, para que sejam reavaliadas e readequadas as questões suscitadas e, sejam propostas e debatidas alternativas legais reais para atingir os objetivos e interesse público traçados pela Lei 14026/2020”.

Conhecida como “Marco Legal do Saneamento”, a Lei 14.026 alterou a 11.445, inclusive definindo o prazo de um ano para que os estados se adequem, período que se encerra em julho. “O teor da Moção [...] transcende essa questão do regime [de urgência atualmente em vigor]. Ela fala sobre a necessidade de se ouvir vereadores e os prefeitos dos municípios, antes de se tomar essa decisão”, disse Professor Adriel, em discurso na Câmara, minutos antes da apreciação.

Integrante do Consórcio das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), o parlamentar  explicou que a Moção partiu de recomendação do próprio consórcio, e que diversas Câmaras estão enviando, à Alesp, pedidos no mesmo sentido. Professor Adriel lembrou que a divisão do Estado em blocos regionais poderia trazer problemas, já que somente o bloco composto pelos municípios que estão sob regime da Sabesp contemplaria 370 cidades, onde vivem 68% da população do Estado.

“Vai ser difícil fazer o gerenciamento de um bloco tão grande e com cidades tão distantes umas das outras”, afirmou, em comentário antes da votação, defendendo que as eventuais mudanças sejam previamente discutidas com os municípios. A Alesp realizou audiência pública nesta terça-feira, sobre o assunto; e, além disso, afirma que “a ideia é que esses blocos de cidades tomem decisões conjuntas voltadas à universalização do acesso à água potável e à coleta e tratamento de esgoto”.

“Considerando que até o momento não se conhecem as diretivas de regionalização, a iniciativa adotada pelo Estado de São Paulo, por meio do PL 2511/21, se apresenta temerária e precoce, pois, pela Lei, o que se compreende é que, essa regulamentação, corno atuação da União, pode se sobrepor à atuação dos §estados, revelando incapacidade técnica nessas definições iniciais de regionalização e, isso é um fator de insegurança jurídica”, diz outro trecho da propositura aprovada.

Professor Adriel comentou que, pela proposta do PL, a criação de unidades regionais de saneamento básico prevê, por exemplo, que a concessão dos serviços não seria mais decidida pelos municípios, mas pelo bloco. “O objetivo dessa Moção é manifestar, à Assembleia Legislativa, que nós não somos contra a medida, nem contra o marco legal do saneamento básico. Mas as mudanças precisam ser dialogadas com os municípios”, afirmou. 

Câmara aprova R$3,17 mi para a Educação, Vigilância Sanitária, combate à dengue e Turismo

Geral 24.05.2021 PlsExecutivoPlenário da Câmara, durante a sessão: evento foi realizado sem a presença de público externo, devido às restrições da pandemiaPor unanimidade, o Plenário da Câmara aprovou nesta segunda-feira (24), na sessão ordinária, cinco Projetos de Lei (PL) de iniciativa do Poder Executivo. As proposituras, que já haviam passado por audiência pública da Comissão de Finanças e Orçamento (CFO), na semana passada, destinam cerca de R$3,17 milhões em verbas para áreas diversas, como Educação, Vigilância Sanitária, combate à dengue e para a Diretoria de Turismo. Também por unanimidade, foram aprovadas Emendas Modificativas, de autoria da Comissão de Justiça e Redação (CJR), a quatro desses PLs. 

Os Projetos que destinam a maior parte dos recursos são o PL 47/2021 (cerca de R$1,48 milhão para a distribuição de merenda escolar na rede pública estadual) e o PL 49/2021 (aproximadamente R$1,55 milhão para merenda escolar e manutenção de unidades de ensino). O PL 55/2021 libera R$100 mil para aquisição de um veículo automotivo e de móveis de escritório, para a Diretoria de Turismo; o 45/2021, cerca de R$36 mil para ações de vigilância sanitária, incluindo compra de insumos e de materiais e serviços gráficos; e o 48/2021, R$7,5 mil para o combate à dengue - aquisição de exames.

Secretário da CFO, o vereador Professor Adriel (PT) deu explicações prévias a respeito de todos os PLs votados. “São recursos que vão ser empregados para material de consumo, insumos, e outros materiais importantes para o bom funcionamento da Vigilância Sanitária do município”, disse sobre o Projeto de Lei 45. Em relação ao PL 47, ele explicou que “foi firmado um termo de anuência entre a prefeitura e a secretaria estadual de Educação, e vão ser transferidos recursos para que a gestão da merenda escolar, nas escolas da rede estadual, passe para a competência do município”.

Ainda de acordo com o parlamentar, o PL 49 é similar ao 47, e também trata de recursos para aplicação na rede estadual de ensino, em merenda e outros assuntos. Já o PL 48, salientou, refere-se à prorrogação do programa de combate à dengue, chikungunya e zika, a partir de convênio da prefeitura com a Agencamp, para aquisição de testes individuais. Sobre o PL 55, ele explicou que “existe uma previsão de chegar esse recurso [para aquisições da Diretoria de Turismo] e as fichas precisam ser abertas”. “É um projeto importante esse do turismo na cidade”, completou Andrea Garcia (PTB).

 

EMENDAS MODIFICATIVAS

WalDaFarmácia 24.05.2021 PlsExecutivoWal da Farmácia, presidente da CJR: parlamentar explicou a necessidade de emendas, corrigindo trechos dos PLs da prefeituraPresidente da CJR, Wal da Farmácia (PSL) comentou as Emendas Modificativas. Salientou que, desde o começo da Legislatura, o colegiado já oficiou a prefeitura, solicitando que sejam enviados “Projetos adequados” para a Casa, evitando assim a necessidade de correções. Ainda de acordo com a parlamentar, as adequações nos PLs 45, 47, 48 e 49 ocorreram tendo em vista que não há leis anteriores a serem revogadas (o texto original mencionava tal revogação). Wal também mencionou que é comum haver erros no escopo e até justificativas idênticas para PLs distintos da prefeitura.

Outros vereadores também criticaram a existência de erros nas proposituras do Poder Executivo. Beto Carvalho (DEM) disse que votaria favorável a essas proposituras, mas que votaria contra no futuro, caso Projetos da prefeitura continuem a ser enviados necessitando de correções. Bruno Leite (DEM) também reclamou da existência de quatro projetos que precisaram de emenda. Já Camilla Hellen (Republicanos), que é secretária da CJR, reiterou que a Comissão já debateu a necessidade de diversas correções em PLs da prefeitura; e também criticou a quantidade de erros nos mesmos.

Paranhos (MDB) afirmou que a situação fica inclusive “constrangedora” para a prefeitura, dada a “necessidade de formação técnica para ocupar determinados cargos”. O presidente da Câmara, Alexandre Pinheiro (PTB), disse que conversou com o Executivo sobre os erros nos PLs, e também com as diretorias Jurídica e Geral da Casa, “para que venha tudo alinhado do Jurídico da prefeitura”. Segundo ele, combinou-se para que tenham “um pouco mais de atenção ao enviar Projetos para essa Casa, para que não venha a ter esse tipo de emenda modificativa por falta de alinhamento”.  

LDO 2022 é debatida em audiência pública virtual da Câmara: receita estimada em R$304 mi

Audiência Pública Virtual 20.05.2021Vereadores, servidores da Câmara e representantes do Executivo, em audiência por videoconferência: Projeto da LDO 2022 em pautaNesta quinta-feira (20), a Comissão de Finanças e Orçamento (CFO) da Câmara promoveu uma audiência pública virtual, para debater o Projeto da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) para 2022, que tem receita estimada em R$304 milhões. A propositura, que é de autoria da prefeitura, estabelece as metas e prioridades da administração pública municipal para o ano de 2022 e orienta a elaboração da respectiva Lei Orçamentária Anual (LOA). No contexto da pandemia, a audiência foi realizada por videoconferência, pelo E-democracia, possibilitando que os internautas participassem das discussões.

Estiveram presentes o presidente da CFO, Altran (MDB), o vice-presidente Bruno Leite (DEM) e o secretário do colegiado, Professor Adriel (PT). Também participaram os vereadores Vitor Gabriel (PSDB) e Paranhos (MDB). Do Poder Executivo, participaram os secretários municipais Ricardo Bizetto (Chefia de Gabinete) e Silvana Zanetti (Finanças), além do procurador geral Renato Violardi, e a diretora de Planejamento Marivani Furian. O evento foi mediado pela procuradora jurídica da Câmara, advogada Kátia Frias, com o apoio da analista legislativa Michele Montanari.

 

Kátia e Michele fizeram a leitura integral dos 30 artigos que compõem o Projeto de 35/2021 (LDO 2022). E, na sequência, os representantes da prefeitura deram explicações e responderam a algumas perguntas. Violardi afirmou que a LDO é uma “lei genérica”, basicamente similar nos municípios, e que possui uma reserva de contingência, específica para usos emergenciais. Já Bizetto disse que a elaboração do Projeto foi submetida à apreciação da sociedade, que pôde opinar na internet, por 15 dias, sobre o assunto. Além  disso, afirmou que a prefeitura também realizou uma audiência pública.

Parlamentares também se expressaram no debate. O vereador Altran destacou que a CFO solicitou parecer técnico da empresa Aconstec, que segundo ele foi favorável à propositura. Professor Adriel (PT) fez a leitura integral do parecer e, além disso, manifestou “total concordância” com o PL. Comentou que, além do Tribunal de Contas do Estado (TCE), cabe ao Poder Legislativo “cumprir o papel fiscalizador de verificar se o que está sendo estabelecido como meta na LDO vai ser cumprido”; e lembrou que, em caso de descumprimentos, pode haver a rejeição das contas da prefeitura. 

Dúvidas

Na audiência, o presidente da CFO também pediu esclarecimentos sobre números específicos citados no Projeto da LDO 2022, como nos constantes dos Anexos de Metas Fiscais. Violardi, procurador geral da prefeitura, afirmou que despesas e receitas estão equilibradas, como prevê a legislação; mas disse que por se tratar de questão “muito técnica e contábil”, seria difícil fornecer esclarecimentos sobre os números, na audiência pública. Além disso, afirmou que não houve previsão de aumento da receita, mas apenas correção monetária, devido ao “momento de retração econômica, causado pela pandemia”. Ele sugeriu que eventuais dúvidas técnicas fossem remetidas por escrito. Já o vereador Bruno Leite também citou o parecer favorável da empresa Aconstec, ao PL; e salientou que compete ao Legislativo “fiscalizar para que esses valores sejam aplicados corretamente, e sejam cumpridas essas porcentagens que por lei têm que ser aplicadas na educação e na saúde”, exemplificou.

PLs que liberam R$3,17 mi também foram debatidos pela CFO, na terça (18)

Na última terça-feira (18), a CFO também realizou outra audiência pública, para debater os Projetos de Lei  45/2021, 47/2021, 48/2021, PL 49/2021 e 55/2021, também de autoria da prefeitura. As proposituras destinam recursos, num total de aproximadamente R$3,17 milhões, para a: execução do Programa de Alimentação Escolar e manutenção de escolas; para ações de Vigilância Sanitária e de combate à dengue; e para o reequipamento do Centro de Apoio ao Turista. 

Estiveram presentes o presidente da CFO, vereadores Altran e Bruno Leite; a presidente da Comissão de Justiça e Redação, Wal da Farmácia (PSL); além dos vereadores Camilla Hellen (Republicanos) e Vitor Gabriel. Do Poder Executivo, participaram: Diogo Sartori, chefe de alimentação escolar; Silvio Corsini, secretário municipal de Saúde; Adriana Franco, diretora de Planejamento Orçamentário e Convênios; e Marcelo Silvério, coordenador de projetos da Secretaria de Cultura.

Acesse a ata da audiência neste link. E assista abaixo à íntegra do vídeo: 

Professor Adriel sugere projeto de economia de água nas escolas e adesão à Agenda Ambiental

ProfessorAdriel 17.05.2021 2Sustentabilidade ambiental em pauta: o vereador Professor Adriel abordou Indicações do seu gabinete, na sessão da CâmaraMembro do Consórcio das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), o vereador Professor Adriel (PT) comentou Indicações do seu gabinete que abordam assuntos relacionados à sustentabilidade do meio ambiente. Em discurso na sessão desta segunda-feira (17), data em que as proposituras passaram pela fase de leitura, o parlamentar destacou a importância das iniciativas.

“Na última reunião que tivemos [no PCJ], foi elencado para todos os participantes desse consórcio que os níveis de chuva vão ser muito baixos nos próximos meses [...] Se não houver uma campanha de conscientização aqui em Monte Mor, sobre o consumo de água, nós poderemos enfrentar uma política de racionamento de água”, afirmou Professor Adriel, em pronunciamento no Plenário

Na Indicação 278/2021, o vereador pede a criação do “Projeto de Economia de Água Sustentabilidade na Escola”. Segundo ele, junho e julho terão níveis de chuva abaixo do esperado; e agosto é tradicionalmente seco. “É preciso pensar em projetos que vão dialogar com essa questão da escassez de água, da diminuição dos níveis de água no Cantareira, que estamos vivenciando uma vez mais”.

Dentre as possíveis medidas a serem adotadas, que são listadas na propositura, constam: a análise do consumo de torneiras e vasos sanitários dos ambientes escolares; a instalação de equipamentos que economizem água; a realização de palestras sobre o uso racional; e a promoção de práticas pedagógicas destinadas às crianças, “salientando a importância da água como recurso natural”. 

Agenda Ambiental

Ainda no campo da sustentabilidade,  Professor Adriel é autor da Indicação 281/2021, que sugere a adesão do Município ao Programa Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P), do Ministério do Meio Ambiente. Segundo o parlamentar, trata-se de uma iniciativa que tem o objetivo de estimular os municípios brasileiros a promoverem projetos que visam ao equilíbrio sustentável.

“Muitas cidades do país estão aderindo a essa agenda. É gratuito”, afirmou, destacando que as inscrições terminam em 30 de junho. “Não há nenhuma sanção se por acaso o município não atingir os objetivos. Mas é um estímulo para que a gente venha a adotar políticas públicas ecologicamente sustentáveis, preservando a água, o meio ambiente, o ecossistema e todo esse meio”, complementou.

Segundo o Ministério, o Programa possibilita a preservação do meio ambiente e a otimização do uso dos recursos públicos, e possui seis eixos temáticos. “Durante os cinco anos de vigência da adesão, o MMA acompanha as ações implementadas pelo órgão parceiro, prestando o assessoramento técnico necessário para o atingimento dos objetivos pactuados em plano de trabalho”, afirma o órgão. 

Foto Lado a Lado