Camilla, sobre voto contrário à cassação do prefeito: não vou tomar medidas inconsequentes

CamillaHellen 04.04.2022 03“Nós temos que nos unir, para o bem da nossa cidade. Nunca fui oposição, sempre fui independente”, disse a vereadora Camilla HellenA vereadora Camilla Hellen (Republicanos) comentou a sessão de julgamento do prefeito Edivaldo Brischi (PTB) e os trabalhos da Comissão Processante (CP) que apurou a Denúncia 3/2021, contra o chefe do Poder Executivo municipal. Na sessão ordinária da última  segunda-feira (4), Camilla - que emitiu voto contrário ao pedido de cassação que integrava o processo, arquivado pelo Plenário na madrugada da última sexta-feira (1º) - criticou a falta de “tempo hábil” para realizar a leitura das mais de 1,2 mil páginas de documentos e, ainda, o fato de os parlamentares não terem tido autorização para participar das oitivas realizadas.

Ela também defendeu a união. “Nós temos que nos unir, para o bem da nossa cidade. Nunca fui oposição, sempre fui independente. Só que eu não vou tomar medidas inconsequentes, num processo tão delicado e complexo. Fiz pautada, sim, na consciência e no que era mais sensato”, afirmou, fazendo “apelo” para que os vereadores cresçam e amadureçam politicamente. Ela ainda defendeu a “paz política, a começar dentro da nossa Casa”. “Dentro desta Casa, que é a Casa do povo. Porque se nós aqui vivermos nesta briga, é isso que vai ser refletido para o município, porque nós somos representantes da população”, destacou.

“[No dia a dia] os vereadores não podem simplesmente pensar e ler e estudar os pareceres. É necessário que os senhores estudem os projetos, para ver se condizem com aquele parecer. E foi isso que nós não tivemos tempo hábil para fazer [antes do julgamento]: ler 1.200 páginas em dois dias, estudar”, disse Camilla, no pronunciamento, no Plenário. Ela se referia ao fato de a CP ter liberado a íntegra dos documentos somente na terça-feira (29), e o julgamento ter ocorrido na quinta (31). “Era direito do vereador participar das oitivas? Era sim. Tanto era direito que, por isso, foram gravadas, para que a gente pudesse ter vista das oitivas”, criticou.

Ressaltando que integra o Republicanos, partido cujo lema é a “res publica” (expressão que, em latim, significa “coisa do povo”, “coisa pública”) e, nesse sentido, visa aos interesses da população, Camilla ainda mencionou que a votação do julgamento era subjetiva. “O que foi julgado nessa última sessão? Foram julgados dois artigos: a omissão e a negligência. Duas situações muito subjetivas, dignas de interpretações diversas. Então, cada um vai ter um argumento, que acha o mais correto, que acha o mais plausível. E cada um que siga com a sua opinião, opinião é opinião, e [...] muitas vezes não tem como ser mudada”, disse a vereadora.

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