Suspensão de missas e cultos por ordem do MP é criticada por Pastor Elias: igrejas cumprem regras sanitárias

PastorElias 03.08.2020Segundo Pastor Elias, lideranças religiosas do município têm sido colaboradoras das normas sanitárias durante a pandemia04/08/2020 - A suspensão da celebração de missas e cultos em igrejas e templos montemorenses, durante a pandemia da Covid-19, foi abordada pelo vereador Pastor Elias (MDB), na sessão remota desta segunda-feira (3). No discurso, disponível na íntegra neste link, o parlamentar criticou a decisão do Ministério Público do Estado (MP), que, segundo a prefeitura, exigiu a proibição das celebrações, “sob pena de ingresso de Ação Direta de Inconstitucionalidade”. 

Segundo Pastor Elias, as lideranças religiosas do município têm sido colaboradoras das normas, e vêm instruindo os fiéis a “obedecerem cegamente às regras sanitárias”, durante a pandemia. Para o vereador, a Promotoria de Justiça não está acompanhando de perto a vida de quem está nos templos, e, por isso, considerou haver violação das regras. O “fechamento de todas as instituições religiosas” do município foi publicado em decreto da prefeitura, no dia 30 de julho.

“Não podemos levar o ônus, o ônus da culpa de pessoas irresponsáveis [que descumprem as normas]. A igreja e os religiosos são cumpridores das leis”, afirmou, manifestando indignação com a decisão do MP e descartando a hipótese de que templos religiosos não estejam seguindo as regras sanitárias. Pastor Elias afirmou que, em sua igreja, por exemplo, foi reduzida para 30% a capacidade de lotação, é aferida a temperatura na entrada e disponibilizado álcool em gel.

“Estamos falando de uma doença gravíssima, que já matou muitos companheiros, muitas pessoas queridas”, citou, sobre a importância da prevenção contra a Covid. O parlamentar também manifestou expectativa de que, ainda nesta semana, o prefeito “traga boa notícia para o povo cristão dessa cidade”, anunciando a reabertura das instituições religiosas. “Não é punindo aqueles que somam forças, que ajudam, que nós chegaremos ao caminho consensual”, ponderou.

CASOS

Pastor Elias também citou casos de desrespeito às normas sanitárias, durante a pandemia da Covid-19, como a superlotação verificada em coletivos e o descumprimento da obrigatoriedade do uso de máscaras por munícipes. “A promotora, em seu despacho, disse que os templos religiosos não estão seguindo as regras sanitárias. Isso é faltar com a verdade. Eu, por exemplo, pergunto ao MP: porque não mandam um ofício desse para as empresas de ônibus?”, questionou.

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