Segundo Vanderlei, servidores públicos de categorias diversas seriam prejudicados no ato da aposentadoria28/03/2019 - O vereador Vanderlei Soares (MDB) parabenizou os trabalhadores que, na sexta-feira (22), “fizeram manifesto repudiando o pacote de Reforma da Previdência proposto pelo Governo Federal”, em tramitação no Congresso. “Fiquei muito feliz de ter participado [das manifestações]”, disse o parlamentar, na última segunda-feira (25), ressaltando que o protesto contou com a presença de funcionários públicos e também de profissionais da iniciativa privada.
Vanderlei Soares criticou as alterações na legislação previdenciária que constam do pacote. E manifestou preocupação com classes específicas, como os mais jovens, que demorariam mais tempo para se aposentar pelo INSS. Os novos limites de aposentadoria propostos consistem em idade mínima de 65 anos para homens e 62 para mulheres; e, ao final do tempo de transição, deixa de haver a possibilidade de aposentadoria por tempo de contribuição.
Segundo Vanderlei, servidores públicos de categorias diversas - incluindo professores, policiais e trabalhadores que atuam em locais insalubres - também seriam prejudicados no ato da aposentadoria, de acordo com as regras propostas na Reforma da Previdência. “O trabalhador só vai conseguir se aposentar com 100% quando ele trabalhar por 40 anos, independente da sua idade”, afirmou o parlamentar, no discurso.
As mudanças no chamado Benefício de Prestação Continuada (BPC-LOAS), destinado a cidadãos em situação de vulnerabilidade social, incluindo os idosos e as pessoas com deficiência, também foram criticadas por Vanderlei. Atualmente, o valor de um salário mínimo (R$998) é pago a idosos pobres, partir dos 65 anos. Com a proposta, seriam R$400 reais a partir dos 60 anos e, apenas aos 70 anos, se pagaria o valor integral.
O parlamentar também criticou as mudanças aposentadoria rural. Pela proposta, os trabalhadores rurais vão precisar de pelo menos 20 anos de contribuição e idade mínima de 60 anos, para ter direito ao benefício. A regra atual não previa tempo de contribuição; apenas um tempo mínimo de 15 anos de atividade rural. “Qual ser humano que, lá na roça, consegue continuar trabalhando [por esse tempo]?”, questionou.
ESFORÇO COLETIVO
Para Vanderlei, as propostas são feitas “buscando economias, melhorias [....] Mas muitas empresas devem bilhões para o INSS”. “Teria que exigir o pagamento dessas dívidas, isso equilibraria o caixa da Previdência”, salientou o vereador. “Nós temos que nos unir, discutir. A Reforma não é partidária. Eu não estou contra o partido que está lá, o governo que está lá. Mas ela passa por aqui, por todos nós. Se amanhã for outro governo, e for essa proposta, nós temos que lutar contra, temos que participar da discussão, através dos nossos deputados, pois são eles que vão aprovar ou não, lá [no Congresso Nacional]”, salientou.
