remoção de pessoas em situação de rua, ocorrida em julho. Em discurso na sessão desta quarta-feira (13), o parlamentar afirmou que enviará um documento oficial ao novo secretário de Segurança Pública, Anderson Palmieri, solicitando a abertura imediata do procedimento apuratório. Disse, ainda, que informará o Ministério Público (MP) sobre o assunto, e que cobrará providências também do prefeito, Edivaldo Brischi (PTB), “para que tenhamos uma administração transparente e legalista”.
O vereador Paranhos (MDB) reclama que, até o momento, o município de Monte Mor não abriu nenhum procedimento disciplinar para apurar as responsabilidades de agentes públicos naNo pronunciamento, Paranhos relatou que a denúncia que culminou na recente ação movida pelo MP, contra o prefeito, teve origem na própria Guarda Civil Municipal (GCM), e inclui “nomes de guardas que participaram desse evento [de remoção forçada das pessoas em situação de rua para municípios vizinhos], que teve como autor principal o prefeito”. Segundo Paranhos, o ex-secretário de Segurança Ronaldo Tuim, o comandante e o subcomandante da GCM “talvez seriam as pessoas legítimas para orientar e impedir os atos criminosos praticados pelo prefeito”. “O ex-secretário, além de não ter essa postura, se manteve omisso até o momento. Não só ele como o atual comandante”, criticou.
O parlamentar também lembrou que a Guarda de Monte Mor é uma das mais reconhecidas da região, “legalista e humanizada”. “A omissão do [então] secretário de Segurança Pública [recentemente exonerado], do comandante e do subcomandante, colocam em xeque a hierarquia e a disciplina [do órgão]”, relatou, lamentando a não abertura de investigação, até o momento. Para Paranhos, o ex-secretário “demonstrou que não sabe muita coisa de Segurança”, e precisa ser responsabilizado pelos atos, mesmo após deixar o cargo. Ele citou a existência de normas internas da Guarda, como o Regulamento Disciplinar e o Estatuto, que inclusive estabelecem as responsabilidades da gestão.
“EXONERAÇÃO EM MASSA”
Paranhos comentou o “evento que causou turbulência no governo e em toda a máquina pública: a exoneração em massa de vários secretários” [veja portaria no Diário Oficial]. Elogiou a nomeação da nova secretária de Educação, Sandra Bruzon, que segundo ele “já demonstrou ser competente na escola que dirige há mais de uma década”, no Jardim Sam Remo. E afirmou que a exoneração “que causou mais impacto” foi a do secretário de Segurança. Segundo Paranhos, a ação movida pelo MP contra o prefeito (pedindo pagamento de indenização, responsabilização por improbidade e requerendo políticas públicas para a área) decorre dos “atos praticados contra os moradores de rua”.