“Queremos que a UPA abra de uma maneira transparente, eficaz, e que não deixe nada escuso”, disse o vereador ParanhosO vereador Paranhos (MDB) afirmou nesta segunda-feira (30) que seu gabinete “está tomando providências” em relação aos “fatos trazidos” pelo secretário municipal de Saúde, Sílvio Corsini, e pelo presidente do Conselho Municipal de Saúde (CMS), Edmilson Monteiro. Para o parlamentar, Edmilson “nos colocou diante de situações gravíssimas, e até agora nada foi feito”.
Ele se referia à polêmica envolvendo boatos de que teria ocorrido um processo seletivo sigiloso, visando à contratação de profissionais da área de saúde para atuar na UPA do Jardim Paulista. Em reunião recente com vereadores, o presidente do CMS disse ter conhecimento de que pessoas realizaram de fato o processo seletivo (o que foi negado pelo secretário, em sessão da Câmara).
Na sessão ordinária de segunda-feira, Paranhos disse que já está de posse da ata da sessão que abordou o assunto, e que está aguardando o recebimento de outro documento. Citou, ainda, um convite para reunião com o secretário de Saúde, mas afirmou que “a credibilidade dele acabou”. O vereador ainda salientou que aguarda um posicionamento da Câmara em relação aos fatos.
No pronunciamento, o parlamentar também ressaltou que os vereadores não são contrários à abertura da UPA. “Queremos que a UPA abra de uma maneira transparente, eficaz, e que não deixe nada escuso que possa trazer desvio de recursos públicos”, afirmou, ressaltando que “todos os vereadores desta Casa” são favoráveis à abertura da unidade, e a uma saúde “produtiva e boa”, para todos.
CISMETRO
Além das divergências de informações sobre a realização do suposto processo seletivo, Edmilson havia criticado o argumento de que o edital do processo seletivo de 2018, realizado pelo consórcio Cismetro, poderia ser utilizado pela prefeitura para o preenchimento das vagas da UPA, conforme informado pelo próprio secretário de Saúde, na sessão da Câmara. Para o presidente do Conselho de Saúde, foi realizado um concurso público em 2019, para preenchimento de vagas efetivas - e deveria ser esse o processo seletivo a ser utilizado, de maneira prioritária, pelo Poder Executivo.
SEGURANÇA
Paranhos também manifestou sua “indignação” com a política de segurança pública do governador do Estado de São Paulo, João Dória (PSDB). Ele citou o recente assalto ocorrido em Araçatuba, que deixou o município “sitiado”. Para o vereador, o caso “demonstra que a marginalidade desafia há muito tempo o governador do Estado. E ele se preocupa em ficar mentindo e brincando conosco”.
O parlamentar também lamentou as mortes ocorridas, e externou seus sentimentos de pesar aos familiares das vítimas. Citou, também, a atuação dos policiais militares e guardas municipais, que “colocaram suas vidas em risco e, ainda assim, tivemos morte de civis. E salientou que o crime é resultado de uma “política ineficaz e negligente de segurança pública”, por parte do governador.
